Os
azulejos traziam um bordado que guardavam a sua origem lusitana.
A
senhora, na varanda, estendia o sotaque que herdara de Eça e Camões e agora
cortava a Terra do Fogo. A moçoila cantava um fado que nos levava para os
Açores e seus amores ao cair das tardes.
Os
caixotes na caminhonete exalavam o cheiro de negócio importado e deitavam no
gentio das cercanias, sabores de Portugal.
Quando escrevo sobre Portugal deito meu corpo na soleira de seu casario e, por vezes, fico a banhar os pés nas águas do Tejo.
ResponderExcluir