Esta
aconteceu em Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro. A professora do
ensino fundamental para crianças de cinco e seis anos, juntou suas economias e
comprou tintas atóxicas, para pintar os petizes e ministrar uma aula lúdica
para os guris. A intenção era criar um Maricarnaval. Uma folia fora de época, a
fim de despertar nos meninos a interação do grupo a partir de brincadeiras,
músicas folclóricas e cantigas de roda.
Pacientemente,
ia pintando um a um, de acordo com a vontade e os sonhos da criançada. Tinha
pato, cachorro, heróis dos gibis e da televisão:— Tia, a senhora pode me pintar de Hulk?
— Não! Eu tenho pouca tinta verde.
— Pode fazer
um Hulk vermelho mesmo, eu não ligo!!!
A coisa ia
acontecendo como ela previra. Os alunos estavam em êxtase absoluto. Todos muito
felizes com a experiência. Valera à pena o empreendimento.O Maricarnaval teria que se repetir todos os anos. Neste momento de reflexão se aproxima um garotinho de apenas cinco anos e entusiasmado pergunta à mestra:
— Tia, pode escrever que eu sou pica no meu corpo?
— Que isso,
menino? Vou mandar uma repreensão aos seus pais. De onde você tirou esse absurdo? Não
posso pintar isto, não! Pensa em uma outra coisa!!!
— Tá bom,
fessora!!! Então escreva que eu sou foda mesmo, serve!...
muito legal
ResponderExcluirTodos os microcontos são frutos de fatos reais. Isto mostra a degradação da sociedade brasileira. É sério. Brizola e Darcy Ribeiro já haviam apontado a Educação como o único caminho de mudança.
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