Não me assenhoro, senhor! O senhorio deixou cá, sua senhora,
pra tocar o recebimento dos aluguéis. Eu, servo do inquilinato, não me oponho a pagar. Não sou abjeto. O que me custa é ganhar o tanto que devo e mais um resto pra sobreviver.
— Lavro ouro na penhora, mas não penduro a minha honra. Sei
ordenhar. Cuido de galinha. Cato gado no arranha-gato do sertão. Mas aqui nos
perdidos de ruas e no mundaréu de gente, não tenho assento em outro serviço que
não seja juntar tijolos na direção das grimpas do Céu.
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