quinta-feira, 25 de março de 2010

Mulheres Guerreiras


Não pode a mulher que acorda às seis
a fim de preparar o café e o almoço ao mesmo tempo,
arrumar as crianças para a escola,
passar as roupas e ajeitar o quarto,
ainda distribuir um sorriso de bom dia?!
Não pode?
Sim, pode!

Não pode a mulher que pega ônibus cheio;
Que chega atropelando o atraso;
Que coloca uniforme de empregada;
Que bate ponto na máquina enferrujada;
Ainda vender muitos milhões para o patrão?
Não pode?
Sim, pode!

E pode sacolejar na condução de volta?
Tomar o banho na hora da Ave Maria.
Se refrescar com água de colônia,
pra dividir fragrância e elegância,
depois de aprontar o jantar?!

Deitar travestida de Vênus.
Pronta pra amar.
Beijar, acariciar e se não puder
chegar ao orgasmo, fingir,
pra não desagradar.
Não pode?
Sim, pode!

Mulheres guerreiras, tão lindas, faceiras!
Mulheres que choram pra abrandar a dor.
Mulheres que riem pra alegrar o ambiente.
Mulheres que nada sentem o que dói em sentir.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A bailarina




À Patrícia Cal,

Espero que a bailarina lhe traga toda a sorte do mundo e junto ao seu talento, venham o sucesso e o reconhecimento.

Geraldo Ferreira



Não pode a bailarina bailar
sem o som da cantante,
sem a evolução dos acordes.

Não pode a PatCal
acordar seu público
sem o dom emblemático
do metal.

A música é a mola dos pés.
A voz ressoa na memória
e toca os sinos da veleidade.
Fantasia alada
das asas reais do artista.

Rodopia, pião humano.
Mulher de lata, estilizada.
Como podes parada, voar?
Doce bailarina, troféu de metal.
Caixa de sorte, talismã!

Todos os sons te encantarão.
Valor do timbre desta voz metálica.
Em que ária vais emudecer quem a ouve?
Cantante das Américas,
em quantas praças estarás,
na Hora do Brasil?

Maga bailarina, lhe empresta
tua estrela e o teu brilho solar.
Desfila no salão o teu bailado.
Enfeita a estrada da Patrícia.

O Pat Show
já vai começar.
Gira, bailarina,
que a luz da vida
cabe em nossas mãos.