Sara, mago!
Saramago não sarou.
Pegou uma caravela, a mais bela,
e partiu para uma viagem
por mares nunca d’antes navegados.
E não era mágico de sobrenome.
Era de nome inteiro.
Das vinhas de José Saramago
vinha criação de boa cepa:
Quase um vinho pra degustação.
Embora hermético, rebuscado,
onde pareceres se misturam a conceitos,
levando os incautos leitores
para a estrutura do texto.
Em meio a letras portuguesas,
gigantescas, quase indomáveis,
vagam nas lides do intertexto.
Lutas para reconstruir o entendimento.
Penas domadas pelo mestre Saramago
que o levaram a dobrar o Cabo da Boa Esperança,
em merecimento, ao Prêmio Nobel da Literatura.
Único filho da língua de Camões, a galgar casta façanha.
E se Jesus é filho de José.
De José Saramago não é.
Este inventou um outro Deus
que vai levá-lo para um céu particular.
Onde não existem anjos nem demônios.
Estes perduram somente,
num mundo de outros Josés.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
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Sim. E lá estará escrevendo muitas outras coisas.
ResponderExcluirAbraços.
Geraldo!
ResponderExcluirQue saudade de suasvisitas e de seus posts.
Adorei o de hj.
Passa nesse novo endereço
e deixa la sua impressão,não sobre o blog,mas sobre o assunto.
Linda semana pra nós.
Bjins
Simplesmente, espectacular! Parabéns!
ResponderExcluir"Tempo de sair, a hora já já vai
E segue-se pela estrada fora
Mede-se o caminho, o tempo, a memória
(...)" in "O Temporal"
Um abraço,
Isabel Montes
http://isabelmontes-poemas.blogspot.com/
Geraldo!
ResponderExcluirQue bom que apareceu.
Faz falta na blogosfera, viu?
Li no perfil,
esta preparando um livro de
memorias é?
Linda e merecida a homenagem a José Saramago. Parabéns, poeta! Beijo carinhoso.
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