Preciso te buscar palavra.
Como a um beijo da mulher amada.
Desnuda, inteira, entregue,
Como a nudez da alcova desejada.
Preciso ser íntimo
Como criança diante
de índio de plástico.
Amigo como cão de dono antigo.
Preciso de ti, palavra.
Como sedento necessita d’água.
Como mágico, da lucidez lúdica.
Como arremesso precisa de alvo.
Quero conhecer os seus segredos,
entendê-la por trás da sua imagem,
Interpretar as suas entranhas,
ter o ritmo exato da sua musicalidade.
Sentir a recôndita dor
da transformação do verso em poesia.
O anúncio da vida
na explosão do parto.
A força da lágrima derramada.
O linear voo das águias.
Lânguida deusa,
assombração e musa,
permita-me, humildemente,
receber o seu afago.
segunda-feira, 2 de março de 2009
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Geraldo querido,
ResponderExcluirSua poesia é uma verdadeira elegia à palavra. É uma canção terna e, ao mesmo tempo, tem a força assombrosa de um vulcão não extinto. Que as palavras o fascinem como musas e ninfas para que você possa criar sempre mais.
Beijo carinhoso, Alice
É, Geraldo, estou impressionado com a sua verve poética!... Já tinha ouvido falar, mas ainda não tinha testemunhado... Arrisco dizer que, dentro em breve, a própria blogosfera por ela mesma, com suas diversas janelas e infinitas possibilidades, vai ser tema inspirador para novos versos... Vamos aguardar!!! Abraço
ResponderExcluirGrande Gê, poeta nato, que brinca com a palavra como menino jogando bola de meia.Que sofre, através da palavra, a dor do mundo, mas com ela também traduz os mais sublimes sentimentos humanos, belezas no conteúdo e na forma.
ResponderExcluirUm grande abraço,
Contreiras
Tenho pouco a comentar,mas não posso deixar de parabeniza-lo pelos belos poemas e eu posso falar por ter o prazer de acompanha-los por muito tempo.
ResponderExcluirEm breve esse blog estará "bombando".
Geraldo, que alegria ter como amigo, um poeta nato. O que seria de todos nós, se não fossem as expressões das palavras, que conforme sabemos, ditas, apenas ditas, já diz osenso comum, "O vento leva". Entretanto, as suas palavras principalmente as constantes nas suas poesias, o vento leva sim, mas leva para fazer conhecer a quem não te conhece, o grande poeta que tece em você.
ResponderExcluirParabéns, meu grande amigo e vamos levando como numa procissão os versos das suas poesias para serem contadas então.
Um grande beijo!
Isabel