segunda-feira, 2 de março de 2009

Sem Sentido de Ser

Esta poesia eu fiz com doze anos de idade. Aos 16 anos, venci com ela o concurso literário do Colégio André Mauróis.

Meço o mundo passo a passo
Vivo à procura de mim.
Faço, desfaço, refaço.
Me perco, me escondo, me acho.
Desespero, espero e faço.

Corto o mundo em traços fáceis.
Traços que faço em passos.
Passos que faço em caminhos.
Caminhos que faço em viver.

Traço passos pelo mundo,
e num único segundo,
faço nascer uma flor!

Traçam passos nos meus passos
sem saber que a flor nasceu.
Fazem monstros maquinários,
camuflando o que plantei.

Talvez tenha nascido no asfalto...
Talvez na linha do trem...
Tão mimosa!...
Tão sublime!...
Quem sabe já não morreu?!

3 comentários:

  1. Quanta sensibilidade pra tão pouca idade!!! (sem querer, até rimou! rs). Fico pensando também no quanto você deve ter sido estigmatizado por causa de um "dom", que só deveria ter te trazido "louros", e por uma sociedade nada preparada para ter um menino prodígio entre os seus... Mas deve ter sido ótimo quando a consagração aconteceu!!! E muito merecidamente!!! Ah, a escrita desse poema, dentro do meu parco conhecimento literário, me lembrou um pouco o estilo simbolista (ou melancólico) do poeta Cruz e Souza de finais do século XIX... Abs.

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  2. Querido Tio, que coisa mais linda meus sinceros parabéns Continue sempre a Postar essas poesias dividas
    Beijos pra quem tenho grande admiração

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  3. Uauu!!!! Essa poesia eu tenho guardada na minha memória, eu me lembro que todas as vezes que eu ia ao seu quarto eu a lia, ela me faz lembrar a minha infãncia. Gosto muito!!!!
    Beijos,
    Marcia.

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