Vovó, agora que eu atingi
a maioridade nenenhesca,
já aprendi a falar e a contar,
quero lhe fazer um pedido especial:
Guarde a minha festa na parede,
para comemorá-la ainda muitas vezes.
Não deixe que poquem os balões.
Nem maculem meus super-heróis.
Guarde com cuidado o bordado
da toalha de mesa.
E se der, congele o resto do bolo
para que a cada ano da minha existência,
eu possa comer um pedaço
com o gosto de saudade.
Pegue a pureza que resta.
Deposite-a no coração
que um dia ainda
vou precisar
para distribuí-la
entre os meus pares.
Não deixa que eu
cresça nunca
no seu cantinho da memória.
No futuro serei Eduardo,
mas o melhor de mim,
dou-te agora, por inteiro,
neste sorriso de Dudu.
Ah! vovó...
prenda este choro
na palma da minha mão,
que quando eu aprender,
eu o devolvo em carinho
e arremesso no mar
todas as suas lágrimas.
Deposite no baú
todas as minhas coisas.
São a expressão da alma.
Se agora valem como brinquedos,
mais tarde serão o registro do amor,
que ora recebo neste
meu terceiro aniversário,
de todos os que sabem cantar.
Guarde os balões e as bandeiras.
Os sorrisos dos meus amigos.
O brilho dos olhos dos meus pais.
O ensaio de choro dos meus avós.
O zelo de todos os meus tios.
Não perca os primeiros livros.
Os carrinhos de plástico.
Os mimos de madeira.
Ponha no saco a primeira mamadeira.
Mas não esqueça o mais importante,
Faça-o com muito esmero,
tranque a sete-chaves,
o lume da minha festa
estampado na parede,
que ainda volto
pra festejá-la.
a maioridade nenenhesca,
já aprendi a falar e a contar,
quero lhe fazer um pedido especial:
Guarde a minha festa na parede,
para comemorá-la ainda muitas vezes.
Não deixe que poquem os balões.
Nem maculem meus super-heróis.
Guarde com cuidado o bordado
da toalha de mesa.
E se der, congele o resto do bolo
para que a cada ano da minha existência,
eu possa comer um pedaço
com o gosto de saudade.
Pegue a pureza que resta.
Deposite-a no coração
que um dia ainda
vou precisar
para distribuí-la
entre os meus pares.
Não deixa que eu
cresça nunca
no seu cantinho da memória.
No futuro serei Eduardo,
mas o melhor de mim,
dou-te agora, por inteiro,
neste sorriso de Dudu.
Ah! vovó...
prenda este choro
na palma da minha mão,
que quando eu aprender,
eu o devolvo em carinho
e arremesso no mar
todas as suas lágrimas.
Deposite no baú
todas as minhas coisas.
São a expressão da alma.
Se agora valem como brinquedos,
mais tarde serão o registro do amor,
que ora recebo neste
meu terceiro aniversário,
de todos os que sabem cantar.
Guarde os balões e as bandeiras.
Os sorrisos dos meus amigos.
O brilho dos olhos dos meus pais.
O ensaio de choro dos meus avós.
O zelo de todos os meus tios.
Não perca os primeiros livros.
Os carrinhos de plástico.
Os mimos de madeira.
Ponha no saco a primeira mamadeira.
Mas não esqueça o mais importante,
Faça-o com muito esmero,
tranque a sete-chaves,
o lume da minha festa
estampado na parede,
que ainda volto
pra festejá-la.
O Dudu é mesmo um garoto de sorte. Tem um avô que consegue expressar em palavras tudo o que sente e ainda mostrar para o mundo todo o seu amor. Parabéns pela poesia e por esse netinho super fofo! Um beijo.
ResponderExcluirGeraldo,
ResponderExcluirO Dudu é muito lindo, uma gracinha. E você soube retratar seu neto com a singeleza e a inocência dos anjos.
Beijos, Alice
Geraldo, quisera eu poder render ao meu filho uma homenagem assim tão cheia de poesia!!... Não é que me faltem palavras ou, muito menos, sentimento, mas é que o dom de ser poeta não é mesmo para todos! Lindo poema! Honestamente, gostei muito mesmo!! Não só pela forma como as emoções foram (d)escritas, mas por você ter conseguido capturar toda a aura do momento em que festejamos nossos pequenos... Pena que, um dia, eles crescem e estas alegrias acabam sendo substituídas por outras... Não poderia ter um "efeito cumulativo"??? rsrs Abração!
ResponderExcluirGeraldo,
ResponderExcluirSua alma de artista não é nenhuma novidade para mim. Afinal, já tive o privilégio de ganhar um poema seu há anos e o trago comigo muito bem guardado e com muito carinho.
Li todas as suas poesias recentes e fiquei encantada ao perceber quanto sentimento, sensibilidade e emoção você nos transmite em cada uma delas.
Fiquei muito feliz por você.
Parabéns e muito sucesso. Sempre.
Laís
Muito linda !
ResponderExcluirComo sempre surpreendendo hein Gê?
ResponderExcluirSuas poesias são um verdadeiro deleite!
Mil beijos ;D
Como avó eu torço para que haja inspiração em todos os aniversários do meu neto Eduardo. Mas sei que a poesia nasce sem hora marcada. O poeta precisa estar sintonizado com os deuses.
ResponderExcluirFátima Pimentel (avó)
o que dizer da pessoa em que me espelho....
ResponderExcluirse na minha trajetória de vida,for a metade da sua me tornarei um homem de verdade...
parabéns,e bem vindo a era digital
Geraldo!!
ResponderExcluirMuito linda sua poesia.
"Toda arte fala; mas a poesia é a única que fala a linguagem das palavras."
Você consegue expressar o seu amor,nas suas poesias.
Um sentimento lindo !
Parabéns.
Geraldo, como avó gostaria de colocar no papel da mesma forma que voce o mais puro dos sentimentos, o amor. Que Deus conserve esta poesia em sua alma, pois ela é linda.Quisera eu ter este dom tão maravilhoso. Saiba que voces fazem parte de minha família. Tem pessoas que Deus coloca em nossas vidas e não sabemos porque, mais elas nos confortam, e voces são essas pessoas. Obrigada por terem entrado na minha vida.
ResponderExcluirNorma Chaves