segunda-feira, 25 de março de 2013

As casas das mulheres


A tua casa própria
há de ser bonita.
Seja terracota.
Seja verde vida.
Há de ser tão linda
como a própria lida.

Tão aconchegante
que os visitantes
se vistam de casa
ao entrarem nela.

Seja azul celeste.
Seja toda branca.
Seja amarela.
Uma aquarela...

Será resultado
de uma vida inteira.
Em seus aposentos
vão morar os sonhos
de outras conquistas.
Está na tabuleta
que é um doce lar.

As casas das mulheres
são sementes do ventre.
No leque das portas
batem renovadas
todos os santos dias.
A mostrar ao mundo
do que são capazes.

Toda mulher é uma
artista de si mesma.
Mulheres são inventoras
de outras mulheres
que habitam dentro delas
e que abraçam um cometa
pra chegarem a estrelas.

3 comentários:

  1. Legal, já estava com saudade das poesias! Muito bom o poema e mais que merecida a homenagem às mulheres.

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  2. Mulheres possuem a fórmula da existência humana.
    Possuem o segredo da maternidade. São repaginadas de acordo com a necessidade. Como dizia Vinícius: mulheres existem para serem amadas...
    Uma observação: Já que Antônio é calado, falo por ele. Ele é homônimo do renomado jornalista, romancista, bióbrafo e teltrólogo. Este Callado é apenas jornalista e crítico literário. Meu amigo e colega de profissão.

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  3. Já que Antônio Fallante explicou sobre o meu nome, aproveito para apresentar o meu respeito à vida de meu homônimo, que nos deixou um rico legado em sua obra. Deve ainda estar colaborando com a criação humana. Áo lado do altíssimo,de onde emanam seu ensinamentos, deve estar ironizando a nossa fragilidade. Até os heterônimos de Fernando Pessoa ocuparam espaço importante na literatura. Mas os homônimos sofrem por carregarmos a marca dos famosos.
    Sobre o universo feminino do poeta Geraldo Ferreira de Lima me cabe acreditar que ele possui alma feminina. Viaja com perfeição no mundo das mulheres.

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