O Viramundo
Esse imundo vagabundoFura o telefone de lata
E do ninho para a glória
Lança o desafio;
Quero que a nobre ciência
Invente com a máxima urgênciaUm transportador de tempestade
Um aeroviável
Que sugue os nimbos de chuvaE os descarregue
Nas bocas secas sem água
Quero ver o doutor inventador
Deitar enxurradaNas cacimbas do Nordeste
Nas cabeceiras paulistanas
Nos leitos sem colchão d'agua
O Viramundo
Esse cabra sem rumoUm fazedor de querela
Arranca do seu estilingue
Zune uma avoadeira
Desinventa o inventor.
Geraldo Ferreira de Lima -
o poeta DAvidaSoialara
Nenhum comentário:
Postar um comentário