quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Soialara


O Viramundo
 Esse imundo vagabundo
Fura o telefone de lata
 E do ninho para a glória
Lança o desafio;

Quero que a nobre ciência
 Invente com a máxima urgência
Um transportador de tempestade

Um aeroviável
Que sugue os nimbos de chuva
E os descarregue
Nas bocas secas sem água

Quero ver o doutor inventador
Deitar enxurrada
Nas cacimbas do Nordeste
Nas cabeceiras paulistanas
Nos leitos sem colchão d'agua

O Viramundo
Esse cabra sem rumo
Um fazedor de querela
Arranca do seu estilingue
Zune uma avoadeira
Desinventa o inventor.

Geraldo Ferreira de Lima - o poeta DAvidaSoialara

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