quinta-feira, 25 de junho de 2009

O boi encantado

O marido de Cathirina matou o boi de Sinhá!
Oi, que mal ele lhe fez?
Foi por capricho com Sinhazinha.
Pra quem o boi era rei.

Cathirina, desejo expurgo.
Queria a língua do boi, oi!
Feriu de morte o coração do rei
e de pronto a comeu.

Sinhazinha então foi definhando, ei!
De tristeza extrema,
morrendo de pena a cada dia.
O seu pai, querendo salvá-la, ai!
Convocou as forças supremas.
Para o boi ressuscitar.

O primeiro foi padre rezador
cujo esforço de nada adiantou, oi!
O segundo foi doutor bebum, hum! oi! ei!
Sai pra lá doutor com a sua sina de bebedor.
Foram tantos os encantos, mode reviver o boi, oi!

E nada o aprumou, ah!
Então o pai de sinhazinha
convocou o pajé da tribo
das terras dos manauaras.
E o índio rezou por sete luas
até o boi levantar, ei!
E foi festa na aldeia
e dança de boi-bumbá.
E o encantado touro
pra alegria de Sinhá,
virou Boi Garanhuns
para esta história contar.

5 comentários:

  1. Eta, quanta inspiração! Que bem que esta viagem esta lhe fazendo. Parabéns!

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  2. Grato a todos os amigos que acompanham o meu blog e me inspiram a continuar o meu trabalho. Poesia é fruto de bons ambientes e nasce no coração de boas almas.

    Geraldo Ferreira

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  3. Oi Ge!!
    Demorei mas visitei, add e ja faço parte de seus seguidores. Imagina se Euzinha ficaria de fora.
    Choquei!! PARABÉNS!!
    Superação a cada verso...
    Esta tudo lindo...

    Beijos Gê!!

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  4. Seja bem vinda, Daniela! Que todos possam se alojar nesta embarcação de poesias e viajar neste planeta virtual. Pode ser que eu consiga, depois de dez mil visitas ao meu blog, ganhar um fusquinha do Luciano Hulk. Eu também possuo um diferencial: sou feio e não sou absoluto.

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