
À Júlia Leão Pimentel:
Desejamos que o seu aniversário tenha sido o melhor do mundo.
Júlia é nova e inova
Vai se formar na capital do Velho Mundo
Às margens do rio Tâmisa
Júlia sabe contar até um milhão em inglês.
Se quiser conta em francês.
Mas não conta pra ninguém
que sabe contar de perder a conta.
Júlia brasileira
vai fazer Letras na terra da rainha.
Dividirá estantes
com Shakespeare e J.K. Rowling.
Passear com Harry Porter na Green Street
e desvendar mistérios com Sherlock Holmes.
E se a vida lhe der um chato.
Dê pra ele um gato.
Um gato tem sete vidas.
E ele vai se perder a tomar conta
das vidas do gato.
Cuida só das letras.
Lembra de birosca,
de favela e de novela.
Fruta-pão e abricó.
Jaca, tamarindo, graviola,
açaí, camu-camu e cupuaçu.
Buriti, taperebá, tucumã e guaraná.
Saci Pererê, Iara,
caipora, curupira,
boi bumbá e boitatá
No galope da mula-sem-cabeça,
botando fogo pelas ventas,
em noite de lua-cheia.
Júlia brasileira,
desde então, só pra marcar a origem.
Pois eis que a lida, depois da mistura das letras,
feito sopa quente no frio,
será Júlia do mundo inteiro.