quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Caminhantes

Sou poeta do acaso.
Falo da vida à toa.
De um tempo colhi pimpolhos.
D’outros retoulhos.
Na algibeira restou-me a lida.

Da alheia
ribalta ao norte
não lhe restou folhetim.
Cavouco a insistência
para colher paciência.
Sou do azougue
a tordilha.

Alhures cacei algures.
Foi-me de Homero a Ilíade.
De Romeu a Julieta.
Da romiseta o terceiro pneu.
De 22 fui o único.

De vindo foi num chegando.
De casto cá estou moderno.
Prostrado aos pés do altíssimo.
Suplico a voz do encanto
de um canto que a tudo atinja.

Que a tinja da veste santa
que em outro tempo foi mancha:
Na Inquisição do Divino.
Açoite de alguma rima.
Que a pinte as tintas de agora.
Navegue no virtual.
Mares nunca d’antes navegado,
por nossa saudosa língua.

2 comentários:

  1. Me sinto um marujo perdido em mares tão ricos.
    Você me faz gostar a cada dia mais de ler e escrever.
    Sou seu fã.
    Abraços.

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  2. Naõ sei o que aconteceu, postei um comentario e zaz, sumiu devo ter feito alguma coisa errada depois volto a postar Geraldo como sempre me surpriende, com tantas poesias maravilhosas eu volto para ampliar meus comentarios um grande Beijo e fique com Deus vanda

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